O emagrecimento depois dos 40 anos se torna mais difícil devido às
alterações hormonais, queda do metabolismo, diminuição do sono e
estresse. O envelhecimento provoca declínio gradual do metabolismo,
representado pelo número de calorias que necessitamos para manter o
corpo em equilíbrio. No entanto o aumento gradativo do peso também está
relacionado com à diminuição da capacidade física.
Cada fase da vida se caracteriza por diversos metabolismos
como, por exemplo, o ósseo que tem maior expressividade no período da
adolescência. A partir dela, a capacidade tende a declinar. Após os 45
anos de idade, grande parte das pessoas perde pelo menos 10% de sua
massa muscular por década, o que significa menor queima de calorias. "O
metabolismo protéico em idosos é um importante fator para a manutenção
da massa muscular e das atividades da vida diária. Dados científicos
apontam que pessoas da terceira idade têm uma redução da síntese
protéica graças ao envelhecimento, embora outros estudos a correlacionem
à degradação aumentada", avisa a endocrinologista Luciene Targat.
Mulheres entre 40 e 50 anos necessitam por volta de 300 a 500 calorias a menos por dia do que precisavam aos 20 anos para manter seu corpo. Essa resposta da estrutura física se deve às alterações metabólicas em função da idade. O correto é manter a alimentação equilibrada e saudável orientada por um profissional. Reduzir a ingestão de calorias inadequadamente e incorporar à rotina a prática de exercícios com constância são as melhores maneiras de evitar o aumento de peso nesta faixa etária.
Normalmente, os primeiros sinais da aproximação da última
menstruação acontecem entre os 45 e 47 anos e o fim da menstruação e
início da menopausa entre os 48 e 51 anos. A mudança dos níveis
hormonais após a passagem por este período provoca alterações no formato
do corpo que implicam em ganho de volume no abdômen e perda de massa
nos quadris e coxas, devido à redução na produção de estrogênios.
A proporção entre gordura e massa muscular se modifica se tornando desequilibrada de acordo com a idade, mesmo em mulheres que sempre mantiveram o mesmo peso ao longo da vida. A gordura corporal de uma jovem de 25 anos é de 27% na composição de seu peso, enquanto a da mulher de 50 anos é de 40%.
Algumas medidas para auxiliar na diminuição da massa muscular podem ser tomadas como a drenagem linfática que melhora a celulite por ativar a circulação sangüínea na região onde se encontra a gordura localizada. O resultado final depende da regularidade das orientações do especialista.
A dieta ortomolecular se transformou em sensação para ajudar as
mulheres a fazerem as pazes com os ponteiros da balança. A dieta que
promete bons resultados, consiste na correção de possíveis carências ou
excessos de vitaminas e minerais no organismo para neutralizar os
radicais livres e diminuir o ritmo do envelhecimento. Ela prioriza a
utilização de alimentos funcionais - aqueles que possuem propriedades
benéficas e são capazes de tratar e prevenir enfermidades.
Estão inclusos na dieta ortomolecular alimentos que aceleram o metabolismo como os chás verde, preto e mate, além do café, vinagre de maça e condimentos em geral. Já queijo, carnes gordurosas, frituras, açaí e soja estão extintos do cardápio por diminuírem o metabolismo corporal.
"Equilíbrio seria a palavra-chave para o sucesso de uma mente sã em um corpo adequado. É possível ser saudável e bonita independente da idade. Busque o que é possível e viável, sempre sob supervisão médica, sem mágicas e sem gerar novas frustrações. Nunca é tarde pra começar a se sentir bem com você mesma", aconselha Targat.
Envelhecer é compreender o fenômeno da vida, mas tentar melhorar por uma questão de auto-estima e de imagem a ser transmitida para o mundo é uma atitude apoiável. O ideal é o balanceamento dos nutrientes e atenção redobrada para o consumo de cálcio e vitaminas, associado à atividade física dentro da capacidade de resistência de cada indivíduo.